domingo, 29 de agosto de 2010

Aqui te amo...




Aqui eu te amo.
Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento.
Fosforece a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.

Descinge-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.
As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.

Ou a cruz negra de um barco.
Só.
As vezes amanheço, e minha alma está úmida.
Soa, ressoa o mar distante.
Isto é um porto.
Aqui eu te amo.

Pablo Neruda



*

3 comentários:

ANTOLOGIA POÉTICA disse...

lindooooooooooo.........Beijus!!

"Cantinho Poético" disse...

Minha poesia
É a imagem lúcida
Captada
Do facho de luz
Dos teus olhos,
Que eu converto em palavras.

Oswaldo Antonio Begiato


Saudações Poéticas! Beijos!!

Rosângela Cunha disse...

"Uma gaivota de prata
se desprende do ocaso"...

Lindo!