Aqui eu te amo.
Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento.
Fosforece a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.
Descinge-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.
As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Só.
As vezes amanheço, e minha alma está úmida.
Soa, ressoa o mar distante.
Isto é um porto.
Aqui eu te amo.
Pablo Neruda
*
3 comentários:
lindooooooooooo.........Beijus!!
Minha poesia
É a imagem lúcida
Captada
Do facho de luz
Dos teus olhos,
Que eu converto em palavras.
Oswaldo Antonio Begiato
Saudações Poéticas! Beijos!!
"Uma gaivota de prata
se desprende do ocaso"...
Lindo!
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