quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Luar



Face do muro tão plana,
como sabugueiro florido.
O luar parece que abana
as ramagens na parede.

A noite toda é um zumbido
e um florir de vaga-lumes.
A boca morre de sede
junto à frescura dos galhos.

Andam nascendo os perfumes
na seda crespa dos cravos.
Brota o sono dos canteiros
como o cristal dos orvalhos.

Cecília Meireles

2 comentários:

Sonia Parmigiano disse...

Luna,

Lindo o seu Blog!!

Parabéns!!

Reggina Moon

Unknown disse...

LINDO O SEU BLOGUINHO!!! TUDO MUITO DELICADO!!!!
GOSTARIA DE ADD VC NO MEU ORKUT: klony@hotmail.com